




Logo na entrada, a placa anuncia "O melhor pescado do Brasil". Trata-se do Bargaço, de Brasília. Eu não concordo, mas... a propaganda é mesmo a alma do negócio. O restaurante é badaladíssimo, ganha todos os prêmios de melhor pescado, ano após ano, das revistas especializadas. Mas se posso dizer o que penso já que este blog é meu, o negócio é o seguinte: a moqueca e o acarajé, os dois pratos que provei., desculpe, deixaram a desejar, embora a apresentação seja interessante. Peixe e camarões nadavam num balde de caldo - um exagero, e o sabor do dendê era muito sutil para uma moqueca. O preparo leva água demais. O acarajé, de entrada, é grande - mas até aí tudo bem, deixemos de lado o fato de que uma entrada não deve ser algo que nos sacie. O problema maior era o vatapá, insosso - apesar da cor e aspectos belíssimos. O mesmo vale para o pirão. Acho que a intenção do Bargaço é agradar a gregos e troianos, ao amenizar os sabores fortes da culinária baiana. E deve conseguir: o restaurante está sempre lotado.
Agora um pouco de elogio: o lugar é lindo. Instalado no Pontão, uma espécide praia de Brasília, na beira de um lago. Bastante agradável. Além disso, eu voltaria ao Bargaço, não só porque toda moqueca baiana merece uma segunda chance, mas também para experimentar outros pratos, que vi passando rumo a outras mesas, como uma linda lagosta e o bobó de camarão. Anastácia ainda publicará o Bargaço II.