28.6.09

Vatapá paraense


A comida do Pará me pegou de jeito desde que estive em Belém. Com saudades, corri dia desses para a feira da Torre de TV, aqui em Brasília, que abriga uma barraca de delícias paraenses. Já tinha tomado o tacacá no mesmo lugar, quando minha querida amiga Juliana bateu asas pela cidade, e achei bom - embora pudesse ter menos goma e mais tucupi. Voltei para provar o vatapá paraense, sentada na barraca, no melhor estilo Ver-o-Peso. Cervejinha gelada, pimenta brava e farinha, pronto, não precisa mais nada. Só um solzinho gostoso de domingo.
(Aliás, a feira é diária, mas as barracas de comida só abrem aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30).

23.6.09

Bargaço

Logo na entrada, a placa anuncia "O melhor pescado do Brasil". Trata-se do Bargaço, de Brasília. Eu não concordo, mas... a propaganda é mesmo a alma do negócio. O restaurante é badaladíssimo, ganha todos os prêmios de melhor pescado, ano após ano, das revistas especializadas. Mas se posso dizer o que penso já que este blog é meu, o negócio é o seguinte: a moqueca e o acarajé, os dois pratos que provei., desculpe, deixaram a desejar, embora a apresentação seja interessante. Peixe e camarões nadavam num balde de caldo - um exagero, e o sabor do dendê era muito sutil para uma moqueca. O preparo leva água demais. O acarajé, de entrada, é grande - mas até aí tudo bem, deixemos de lado o fato de que uma entrada não deve ser algo que nos sacie. O problema maior era o vatapá, insosso - apesar da cor e aspectos belíssimos. O mesmo vale para o pirão. Acho que a intenção do Bargaço é agradar a gregos e troianos, ao amenizar os sabores fortes da culinária baiana. E deve conseguir: o restaurante está sempre lotado.

Agora um pouco de elogio: o lugar é lindo. Instalado no Pontão, uma espécide praia de Brasília, na beira de um lago. Bastante agradável. Além disso, eu voltaria ao Bargaço, não só porque toda moqueca baiana merece uma segunda chance, mas também para experimentar outros pratos, que vi passando rumo a outras mesas, como uma linda lagosta e o bobó de camarão. Anastácia ainda publicará o Bargaço II.

22.6.09

Pirenópolis III - e chega.


Broinha quentinha, no Café Pirineus, na Praça do Coreto. Não fiz fotos do café gelado, mas é imperdível. Sem mais para o momento.

Pirenópolis II



Pirenópolis I






Hoje ouvi de um carioca debochado um cometário irônico, "vá passear em Pirenópolis para você se lembrar de Búzios". Quem tem um amigo como esse não precisa... enfim. Mas a pequena Pirenópolis é uma graça, embora não seja Búzios, que é mais linda ainda que a Côte D'Azur - e esse comentário não faz qualquer sentido, já que praia é praia e mato é mato. Pirenópolis é mato, cachoeira de água gelada e muita comida caipira. Alguém já disse, e eu arriscaria Darcy Ribeiro - mas se não for ele, eu não disse nada -, que o Brasil caipira é todo igual, já tem a mesma formação, e não importa se estamos no interior de São Paulo, Minas ou Goiás. Sendo assim, posso dizer que Pirenópolis é uma grande Ribeirão Preto, e seus cowboys não deixam nada a desejar aos do interior paulista, e não vamos esquecer da arquitetura colonial no melhor estilo Ouro Preto. A porção Goiás fica por conta dos goianos, que... bem, os goianos habitam a cidade.
Este restaurante aí de cima é um tal de Oxente Uai, cujo nome revela a especialidade, ou as especialidades, da casa - comidas nordestina e mineira. A galinha capiria com ora pro nobis, uma espécie de couve que os mineiros adoram, é um espetáculo. Aliás, uma salva de palmas para todas as galinhas caipiras do mundo. Salve as bichinhas! O restaurante é lotado de turistas, mas em Pirenópolis é difícil escapar deles - eu diria impossível, aliás. A música ao vivo é altíssima, dispensável. Mas nada que umas garrafas de cerveja e uma boa comida caseira não nos façam esquecer.