17.2.07

Assim são (alguns dos) restaurantes tchecos



O restaurante onde fiz três refeições aqui em Praga. Achei super legal porque o preço é bom, as comida é ótima e não tem só turista, pelo contrário. Ah, tem um senhor que toca música tcheca também, e garçons simpáticos. O serviço, aliás, é de primeira. Um pouco rápido demais para o meu gosto, que adoro ficar horas olhando o cardápio. O sujeito perturba perguntando se você já esocolheu. Mas tudo bem, o resto compensa.

Pausa para admirar a beleza de Praga II


Não resisto, preciso compartilhar isso aqui. É LINDA DEMAIS!

Inacreditável III

Mais uma da "única feira". Nesta barraca eu comprei a páprica que a dona Cecília pediu. Deve ser igual às que temos no Brasil, mas é típico por aqui, então... Aliás, nesta banca tem também fava de baunilha por 50 Koronys, ou quase 2 euros, portanto, cerca de 6 reais. É a fava mais barata que eu já vi na vida!

Inacreditável II



Mais umas fotinhos daquela que dizem ser a única feira de Praga. Continuo sem acreditar, mas não vi nenhuma outra ainda...

O menu tcheco




A sopinha aí em cima é deliciosa... vou ficar com saudades dela, tomei duas aqui em Praga. É um caldo forte, claro, como tudo aqui, com sabor bem acentuado de porco e uma gordurinha fundamental. No fundo, umas bolinhas de carne de porco com uma massa que não identifiquei, talvez batata. Aliás, o bolinho aí lembra o falafel (só lembra, porque não deve ter nada a ver). Uns pedacinhos de cenouras, couve-flor e ervilhas não podiam faltar, vê-se que eles gostam destes leguminhos em pequenos pedaços no meio de tudo.
Depois, coelho com espinafre. Não preciso nem dizer que tem sabor forte e blá blá blá. O molho é da própria carne, que parece ter sido frita em bastante tempero e depois cozida para amaciar. Mesmo assim, o coelhinho não amaciou muito, não. E o meu não gostava de correr, porque veio parar no meu prato cheio de gordurinhas (cá entre nós, ainda bem). O espinafre nada mais é que um creminho bobo e os famosos dumplings estão aí de novo para acompanhar o prato. Os mesmos de sempre, batata, pão e nada de sal. E eles são tão pesados, mas tão pesados que eu só comi um e meio desta vez. E das outras não passei de dois.
Para terminar, dessert, não podia faltar. Pedi o appfelstrudel da casa, e foi a melhor coisa que fiz. Pelo que andei lendo, esta torta não é muito típica aqui, eles preferem outras coisas. Mas sabem fazê-la muito bem, viu? Este aí, pelo menos, estava nota dez. Doce na medida, quentinho, massa macia... aprovado. Não sobrou nada deste pratinho.
E é isso, minha gente. Tá aí o menu tcheco para vocês admirarem. E é pesado, hein? Nossa senhora... Depois de uns dias comendo isso dá vontade de mandar ver um caldo de legumes, um peixinho leve, só comidinhas lights para recuperar. Mas vamos que vamos, seguindo viagem.

16.2.07

Pausa para apreciar a beleza de Praga


A banana do macaco (e da Rosinha)


A foto não está muito boa porque quando fui registrar esta sopa de batatas achei que o restaurante inteiro estava olhando para mim (eles não são como os franceses, que fingem que você não existe). Por isso nem conituei meu trabalho direito, tive um ataque de timidez. Enfim. A história é o seguinte: pedi um prato de porco, sobre o qual falarei a seguir, e o o garçom me perguntou se eu não queria, de entrada, uma sopa de batatas. Ah, meu senhor, o senhor não tem idéia do que acabou de fazer. Ofereceu banana para um macaco! (Só a Rosinha me entende...) É óbvio que eu quero SOPA DE BATATA! E veio a tal sopa, espessa, metiiiiida que só ela. Cheia de temperos, ervinhas, pimenta, verdurinhas como ervilha, cenourinhas picadas e... muita batata. Só faltou o azeite de oliva, ia cair bem à beça. Mas não tinha na mesa e me recusei a pedir para o garçom simpático porque achei melhor prová-la assim, como os tchecos gostam, no seu estado bruto. A sopa de batata é um prato típico da região, depois reparei que existe em todo lugar. Assim como a de alho, que ainda não provei, mas farei isso assim que possível. Depois eu conto. Aliás, você também gosta de alho, Rosinha?

Inacreditável

O meu guia de Praga diz que este é o último mercado aberto de frutas e verduras da cidade. Não acredito... não é possível. Em todo caso, amanhã vou perguntar para alguém. Só tem esta foto por enquanto porque, neste dia, nesta hora, caiu um pé d'água terrível e tive que me mandar. Ah, olha os tomates. São engraçadinhos. Têm o tamanho que fica entre aquele o normal e o cereja, acho que podemos chamar de um tomate médio. E são bem regulares, quase todos iguais. Fofo, né?

O salsichão da Rozane




Não era para ser, mas acabou virando uma homenagem à minha amiga Rozane, que morou em Praga e me confessou que era apaixonada pelos salsichões de rua da cidade. E não só ela, pelo jeito. As barracas fazem um sucesso danado. A moça não pára de enfiar salsinha no pão, uma atrás da outra. E pergunta, num inglês cheio de sotaque: "Cátchãp? Mástard? Ónión?" Aí o sujeito tem que ir respodendo, e rápido, porque ela não tá de brincadeira. E logo joga o pão imenso com um salsichão imenso na sua frente e manda qualquer coisa em tcheco que certamente quer dizer "Próximo!" E lá vai ela meter mais uma no pão. Antes, claro, o sujeito precisa escolher. Há oito varidades de salsichas, com a devida inscrição na tabuleta, em tcheco, inglês e alemão. Não ajuda muito.


Tracei a mais incompreensível delas, exatamente por isso. Dizia "Wenceslas dfjsfkjrfj", em tcheco. E em inglês, embaixo: "Wenceslau sausage". Ou seja, salsicha Wenceslau. Ah, não diga. Vai essa mesmo, please. Paguei os míseros 40 Koronys - 1 euro e uns quebrados. A moça quase arrancou da minha mão a moedinha que eu buscava no meio das outras: "This one is fifty". Toma aqui dez de troco e sai da minha frente, querida. "Próximo!"


Salsichão gigante, com bastante mostarda e cebola, saboroso e tal. Já tinha comido desses na Alemanha. Fiquei satisfeita quase uma tarde inteira, e joguei fora uns pedaços de pão, que é ainda maior que o recheio. Como diz minha avó, me regalei.
Ah, sim. Já ia me esquecendo. O copo na foto está cheio de vinho quente, ou hot wine, como eles dizem aqui para facilitar a vida dos turistas. É execelente. Melhor até que o salsichão, já que o mais importante, às vezes, é espantar o frio primeiro para depois comer. Para os paranaenses, é o nosso bom e velho quentão. (Mas para o outros, não. Quentão em São Paulo é uma cachaça quente com canela e tal. Naquelas bandas, isso aí é vinho quente mesmo)

15.2.07

O cachorro e o dono


É o seguinte, vê se faz sentido: não tem aquela história de que o cachorro se parece com o dono? Pois é. A comida também é a cara de quem come. Eu nunca tinha sequer visto um tcheco, assim, cara a cara, mas quando botei os pés aqui, pedi informação para um, falei rapidamente com outro e pensei, antes do almoço: estes caras são ruins, bicho. Ruim no sentido de osso duro de roer, uma gente brava, forte, valente. Imagine o estereótipo de um alemão. Agora emagreça o alemão alguns quilos, afine os traços dos rostos, abaixe um pouco (só um pouco) a estatura, mantenha a cor de pele e escureça os olhos. Ah, sim, coloque rugas. Os tchecos parecem estar sempre mal humorados, mas acho que eles são assim mesmo. A sensação que tenho é a de que guardam uma energia poderosa, pronta para estourar a qualquer momento. Uma espécie de energia no melhor estilo Jan Palach, que ateou fogo ao próprio corpo, em 1969, para protestar contra a ocupação soviética.


Enfim. O que a comida tem a ver com isso... Sentei num restaurante e examinei lentamente o carápio, em inglês, thanks, God. Só pratos poderosos, de sabores fortes: pato, porco, goulash, tudo com muita páprica picante, tomate, mostarda. O que quero dizer é que a comida que os tchecos adoram tem absolutamente tudo a ver com eles. A cena de um tcheco devorando um um pato, por exemplo, é extremamente harmoniosa. Ah, tem só uma coisa que não combina... já que nem tudo é perfeito. As porções nos restaurantes estão mais para francesas que para alemãs. Mas aposto que em casa eles gostam de fartura.


A foto aí em cima é do goulash. Para atender ao pedido de minha mãe (pedido de mãe, e ainda com saudades, tem que respeitar, né?), vou caçar uma receita de goulash amanhã por aqui, porque, segundo ela, "os do Brasil devem ser diferentes". Então, vai só a foto hoje. Este prato é para corajosos, de molho bastante espesso e carregado na páprica picante. Esta espécie de bolo que se vê aí em volta é feito de batatas. Pesaaaado... Mas necessário, porque é quase sem tempero e serve mesmo para equilibrar os sabores.

Praha




Cheguei. Chove que é uma desgraça. E Praga é muito mais bonita à noite.

14.2.07

Fui


Um pouco tímidas por pagar este micão, mas aí estamos nós. La baguette et moi, e seremos felizes para sempre, ainda que a distância atrapalhe um pouco. Esta foi só uma despedida número dois. Sabe quando a gente dá tchau, bate a porta e volta segundos depois para mais um beijo? Mas aí fica mesmo tarde e a separação é inevitavel. Agora vai. Tchau, cidade linda! Fui.

Snif!



Tchau, cidade linda. Um beijo.

Comida da Cleusa



Estou indo embora de Paris (buááá) e sigo viagem rumo à Praga, sem ter a menor noção do que seja a cozinha tcheca. Deixo aqui meus eternos agradecimentos à minha prima Cleusa, que me hospedou cheia de cuidados e gentilezas. "Eu não sei cozinhar nada!", gritava a Cleusa pela casa todo santo dia. "A Tauany cozinha melhor que eu!", referindo-se à filha linda de 11 anos. Ai, Cleusa, me poupe, eu tinha que repetir diariamente. Além dos queijos, pães e vinhos que devoramos juntas, mnha prima do coração me presenteou com massas de molhos variados, saladas, tortas, bolos. Tudo gostoso, com aquele sabor de comida feita por quem faz tudo para agradar os amigos. Desculpa, tá? Eu sou sortuda mesmo.

Crepe de nutella (eu não comi!)







Este homem faz crepes na Rue de Rivoli. É óbvio que eu não sou louca de traçar um crepe de nutella, como este que o bigodudo está fazendo, já que 100 míseras gramas desta coisa tem 513 calorias. Mas mandei ver um de queijo com presunto que estava delicioso (aliás, o que eu não como aqui que não é bom?). Por 4,15 euros. O crepe é tão grande que passei outras seis horas sem a mínima fome, coisa rara, no meu caso. bom, fica aí o filminho do nutella, que preferi guardar assim este crepe que deve ser delicioso, e não nas minha região abdominal.

L'as du falafel






O Marais é o segundo bairro mais lindo de Paris, na minha modesta opinião, claro. Muitos podem se revoltar, porque, de fato, o Marais disputa o primeiro lugar. Mas ainda perde para Montmartre. Enfim. Isso é outra história.

Fato é que no Marais, povoado por judeus desde sempre, está o restaurant L'as du Falafel, que serve o melhor falafel do mundo ocidental (não sou eu que digo isso, e nem poderia porque não comi muitos destes na minha vida, são as reportagens do New York Times e do Le Monde coladas na parede). Fui pesquisar e descobri que, como tudo neste mundo, há várias maneiras de se fazer o falafel. Lá no Marais, na janelinha de vente à emporter (que faz na hora pra você levar e, geralmente, comer ali na rua mesmo), o falafel vem dentro de um pão, com muito repolho, uma espécie de molho à vinagrete (ou à campanha, para os cariocas) e outro mais cremoso. Você vai cutucando com o garfo, e comendos os bolinhos, deliciosos, que encontra no meio do pão. Se aguentar, não foi o meu caso, manda ver também o pão, que no final fica molhadinho (ops). As receitas que encontrei não falam em repolho, e eu achei um pouco exagerada a quantidade desta verdura que, normalmente, me faz lembrar dela o resto do dia.

Mas, se você tiver dinheiro, coma o falafel sentadinho lá dentro do restaurante. Ali no meio da rua é uma aventura. As pombas insistem em dividir o sanduíche com você. E, bom, está frio por aqui, né? O que torna um lugar fechado com mesas, cadeiras e bebidas sempre uma boa opção.

L'as du Falafel (para levar, um sanduba sai por 4 euros)
Rue des Rosiers, 34
Marais, Paris

Recita de falafel

Bolinho:
1 colher (sopa) de cebolinha verde picada
½ colher (chá) de coentro em pó
1 colher (chá) de cominho em pó
1 colher (chá) de pimenta síria
1 colher (sopa) de fermento
1 colher (chá) de sal
½ xícara de salsinha picada
1 xícara de grão-de-bico
3 dentes de alho amassados
1 batata ralada bem fininho
1 cebola grande picada

Molho de gergelim:
1 colher (sopa) de suco de limão
1/3 de xícara de tahine
½ xícara de água
1 dente de alho amassado
sal a gosto

óleo para fritar

Bolinho:
Lavar bem o grão-de-bico e deixar de molho, de um dia para o outro, trocando a água a cada 3 horas. No dia seguinte, escorrer e transferir para um pano limpo. Fechar as pontas e esfregar sobre uma superfície lisa, para retirar a pele. Passar pelo processador e juntar os demais ingredientes. Misturar até obter uma massa homogênea. Umedecer as mãos e fazer pequenos bolinhos. Fritar em óleo quente até dourarem.

Molho de gergelim:
Colocar todos os ingredientes numa tigela média e misturar até obter uma pasta rala. Servir com os bolinhos quentes ou frios.

A melhor parte




Não sei o que explica esta maravilha. Vai ser bom de doce assim lá... Os franceses têm a mania de enfeitar tanto os docinhos que não há quem resista. E não sei se é a competição entre as boulangeries, porque são tantas, que faz com que uma seja melhor que a outra nesta arte. É incrível. Bom, alguns são bastante comuns por aqui, além, é claro, do pain au chocolat (que não aparece aí nas fotos). Entre as mais apetitosas, digamos assim, estão as tartlettes aux framboise, as tartelettes aux fraises (tortinhas de morangos), as éclaires (espécie de bomba, de vários sabores). E a capacidade que os caras têm de sobrepor frutas, cremes, frutas, cremes e frutas? Tudo bem ajeitadinho... Não tô dizendo que a vida é bela, gente... E esta é a melhor parte da vida.

As vendinhas de Paris II


Agora, sim! Isto é típico de Paris! Vendinhas fofas por todo o lugar: "Alimentation generale" e "Livrasion a domicile", anunciam todas elas. Iguaizinhas a esta (se bem que esta tá meio caída). Dentro, um armazém, como os muitos de Portugal, do Rio e sei lá, deve ter vendinha no mundo inteiro. Ai, queria conhecer todas!

13.2.07

Só uma provinha...


Estou com pressa, mas resolvi deixar vocês com água na boca. Esta é só uma provinha do próximo post... Se liga nos doces que enchem as vitrines desta cidade!!

O chinois




Comer barato em Paris não é difícil, mas, como em qualquer lugar do mundo, o barato pode sair bem caro. Num chinois, por exemplo. É possível fazer uma refeição gorda num restaurante chinês aqui, por 5 euros em média (o que significa BARATO). Só que os pratos são gordurosos demais! Experimentei um noodles, um frango com cogumelos selvagens e uma espécie de rolinho primavera de porco. Difícil engolir tanto óleo, nossa senhora. O shoyu na mesa também era da pior qualidade. Enfim, provei. Porque é impossível não ficar com vontade de comer um troço destes já que aqui este tipo de casa são milhares, em qualquer rua que se passe.

As vendinhas de Paris I



Esta fica na Rue Lepic, em Montmartre - pra mim, o bairro mais lindo, charmoso e romântico desta cidade. A vendinha não tem nada de muito surpreendente, mas a rua, pequena, é cheia delas, com barracas que vendem ostras, pães, queijos etc. Sortudo quem vive por ali. Já imaginou? As pessoas passam, a caminho de casa, do trabalho ou do metro, admirando as cores de tudo isso, todo santo dia... Ai, se inveja matasse...

Ah, na mesma rua fica o café Deux Moulins, onde trabalhava a personagem Amélie Poulin. E não pense que é só turista que frequenta, não. Eles estão lá também, mas os parisienses ainda são maioria.

A barraca do marroquinho




Espia só que linda esta barraca... O verdinho é confiture de citron e o vermelhinho, pimenta. Como brilham, não? E as azeitonas? Ai, ai, a vida é bela...

As vendinhas VII


Esta fica no Porto, na esquina da rua da Firmeza com a Santa Catarina. E vem com uma velhinha portuguesa fofa e seu cachorro junto.

O árabe gente fina





Rodei tanto o mercado de Boulogne, fotografando tudo pela frente, que chamei a atenção deste sujeito super simpático, dono desta barraca. Quando ele veio me pedir para ver as fotos, achei até que estava desconfiado e que me pediria para apagar as fotos. Sei lá, o povo aqui é tão estranho... Que nada. O homem ficou admirando as fotinhos e ainda me pediu para tirar uma dele, posada, com esta senhora, que parecia uma cliente. Voilà, monsieur.

Aqui também tem Velhinhos Portugueses Fofos!





O nome desta senhora é Maria da Conceição da Silva! E é uma simpatia de pessoa. Mora em PAris há 30 anos, veio com o marido, recém-casada, para tentar uma vida melhor. Dona Maria é dona desta barraca de peixes e frutos do mar no mercado de Boulogne. Pedi, em fracês, para tirar fotos e ela, invocada, perguntou "Para quê?". E eu: "Sou uma brasileira curiosa, interessada por comidas e tal". Pronto, foi o suficiente para Dona Maria se desmanchar. "Ah, é brasileira? Pois podes falar em português!" Opa, é para já. Passamos, no mínimo, uma hora conversando sobre Portugal, França, culinária, Rio de Janeiro (ela tem parentes em Niterói), peixes, feiras em Paris... Na foto, estão ela, o funcionário francês da barraca (outro dono de uma simpatia rara por aqui) e a filha, francesa que pouco fala português.

Para Dona Maria, a terrinha é o melhor lugar do mundo, mas não pretende voltar tão cedo. "Aqui tenho tudo o que não teria em Portugal". Mas, Dona Maria, a vida me Portugal me parece tão mais barata. "Não, é pura ilusão..." E lá foi ela discorrendo sobre como seu país não soube aproveitar a entrada na União Européia. "Porque continuam os monopólios, porque os preços subiram, mas os salários, não, porque os políticos roubaram todo o dinheiro que foi injetado em Portugal". Ulalá, Dona Maria, já vi este filme... Aliás, ela falou também sobre como é necesário ser um comerciante honesto para se firmar em Paris.

"Aqui a vida é difícil, mas é melhor", resumiu, repetindo a mesmíssima frase que já ouvi várias vezes dos brasileiros que moram por aqui.