27.3.13

"Bares da Cidade"



Acabei de ouvir na vitrola - sim, vitrola mesmo - a canção "Bares da Cidade" e achei que este blog deveria tê-la registrada: "Do Lamas ao Capela, e da Mem de Sá, passo no Bar Luiz e no Amarelinho é que eu vou terminar"... Está no disco "Vida Boêmia" (1978), de João, que comprei por cinco reais na feira de antiguidades da Praça XV.  A voz de João  e a poesia de Paulo César Pinheiro, juntas, cantando alguns dos bares mais tradicionais do Rio que, para a nossa sorte, ainda estão de pé. 

Bares da Cidade, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro
Anoiteceu
Outra vez vou sair
Andar por andar sem nada a esperar
Sem ter pra onde ir
Vou caminhar por aí a cantar
Tentando acalmar as tristezas por onde eu passar
A minha vida boêmia de bar em bar
É o meu amor sem paz
Por um amor vulgar
Que me abandonou
Chorando os meus ais
Me deixando também por maldade
Saudades demais
E eu vou levando minha alma aflita
À noite a cidade é tão bonita
Do Lamas ao Capela, e da Mem de Sá
Passo no Bar Luiz
E no Amarelinho é que eu vou terminar

21.3.13

O pastel de choclo chileno



Dei uma entrevistinha rápida e leve sobre gastronomia e otras cositas para o site curitibano Reve de Mode (obrigada, Jaqueline!) outro dia. Falei sobre o pastel de choclo, comida típica chilena que provei em Santiago e que se tornou minha mais nova preferência gastronômica - até que outra venha no lugar, claro. O pastel de choclo não é um pastel, e sim uma espécie de mingau a base de milho e carnes em pedaços (vaca, frango e porco). Trata-se de uma receita exemplar da mistura de influências dos índios e espanhóis na culinária do país. Os primeiros usavam largamente o maiz (milho) na sua alimentação, enquanto os colonizadores trouxeram o hábito do consumo de carnes variadas - no Chile, o refogado de carne com cebola, aji (pimentas) e cominho se chama 'pino'. O resultado da cominação destes ingredientes e saberes é o pastel de choclo, este mingau perfumado, adocicado e levemente picante, recheado de carnes macias. Escrevo com água na boca.

14.3.13

Restaurante Paris: comer bem e com charme


A nota que publiquei em Marie Claire sobre o restaurante da Casa Julieta de Serpa, no Rio. Recomendadíssimo!

Mercado Central de Santiago











Vá ao Mercado Central de Santiago e, sim, sente numa das mesas do para lá de turístico Donde Augusto. Não faça como eu, não se irrite com o garçom que age como se você, turista, fosse um estúpido. Mas faça como eu, não coma a caríssima centolla inteira - a não ser que você esteja numa excursão familiar com meia dúzia de gente. Prefira uma porção menor do animal típico da Patagônia, em pedaços, passado na manteiga e a preços muito mais baratos. Se você gosta de caranguejos e frutos do mar similares, vi gostar. Ah, não esqueça do vinho - chileno, obviamente. E faça como todos os turistas: fotografe as centollas nas vitrines e as ricas barracas do mercado, com seus coloridos e apetitosos ingredientes.

O Mercado está abrigado numa belíssima estrutura de ferro (como a maioria dos mercados centrais ao redor do mundo, aliás, de fins do século 19 e início do 20) e foi inaugurado em 1872. É uma das principais e mais interessantes atrações de Santiago, imperdível. Divirta-se.