8.4.13
Lançamos!
27.3.12
Dei uma entrevista ao site Les Brasileiros, escrito por uma jornalista francesa que mora no Brasil, a Laurence. O site é bem interessante, fala sobre o Brasil e os brasileiros de maneira diferente, com matérias que explicam, por exemplo, o que é o "chá de panela", "a história do açaí", "o mercado de motéis no Brasil"... Curioso. A moça entrou em contato comigo porque tinha leu meu livro e adorou. Convidei-a para vir aqui em casa, tomamos café, provamos uma torta de banana que fiz com uma receita do livro Dona Benta e caímos na conversa. Teretetê, teretetê, tricô, tricô, foi uma delícia. Depois, Laurence transformou tudo em um ping-pong resumido e publicou aqui. Mas ainda melhor que conversar sobre comida de rua e tal, coisas sobre as quais adoro falar, foi saber da própria Laurence suas impressões gastronômicas e culinárias do Brasil. Ouvi coisas como "nunca vi um país onde as pessoas comem tanto", "aqui tem lugar para comer qualquer coisa, a qualquer hora, em qualquer rua...", "vocês brasileiros não têm hora para comer. Na França ninguém passa o dia beliscando", "os pratos são muito grandes, as porções para dois geralmente servem quatro pessoas". E a parte chata: "Aqui é absurdamente caro, e às vezes muito mais do que em Paris". É, pessoal, do jeito que a coisa vai, vamos acabar gordos e pobres. Ou não... (em homenagem ao querido Chico Anysio).
28.9.11
Arroz de alho da Alcione
Passei algumas horas com Alcione, na casa dela, e foi indescritível. Só lamento não ter provado da sua comida... A fama de cozinheira de mão cheia desta maranhense carismática como poucos corre o mundo -- até Gilberto Gil elogiou. Diz Alcione que gosta mesmo é dos pratos típicos de sua terra natal. Conversamos um pouco sobre isso, ao final da entrevista que fiz. E aproveitei - não sou boba nem nada - para pedir uma receita. Mas vou descartar o formato tradicional "ingredientes-modo de preparo" aqui, vale mais a pena ler as palavras da própria Alcione. Fala, Marrom!
Eu - Me dá uma receita, Marrom...
Marrom - Claro, receita de quê? Tem uma farofa de Neston que eu faço muito boa...
Eu - Farofa de Neston, não. Você já falou dela na televisão, eu vi no youtube.
Marrom - Ah, então tá, vou te dar uma receita de arroz de alho, gosta de alho?
Eu - Adoro!
20.3.10
Brigadeiros de saudades
1.11.09
Meus bolos de aniversário

Uma tarta de Santiago de Compostela e uma sobremesa com o nome singelo de bolo de bolacha. As duas no Porto, as duas em companhia da amiga Mari Filgueiras - nos encontramos mais uma vez, agora na terra dos "tripeiros" (são chamados assim porque são comedores de Tripas à Moda do Porto, olha que gracinha). Mari saiu de Santiago, onde faz o mestrado, para me encontrar. Levava a tarta Santiagüina debaixo do braço. Aliás, ela só podia ser amêndoas - Santiago é na Galícia, no Norte da Espanha, bem próxima ao Norte de Portugal. Um dia foram a mesma região, sofreram a dominação dos romanos, dos visigodos, dos árabes. Por fim, foram reconquistados pelos cristãos. Têm um passado em comum e, claro, cultura parecida. Por isso, não surpreende que a minha tarta de aniversário seja como os doces dos conventos portugueses - amêndoas, açúcar, farinha, ovos. Já o bolo de bolacha foi uma espécie de revival. Estive no restaurante Ora Viva há quatro anos, e nunca mais esqueci o sabor deste doce. Voltei, finalmente, e estava lá ela, gostosa como da última vez. Não me lembrava extamente as razões de ter gostado tanto. Continuo não sabendo exatamente, porque o bolo leva café, do qual não sou muito fã em doces. Vai ver é destas coisas que a gente não explica. Um parênteses um tanto quanto brega e óbvio, mas necessário: o lugar, a companhia, o estado de espírito, tudo ajuda a tornar um prato ótimo, ruim, mais ou menos. Dei sorte nas duas vezes em que estive no Ora Viva - aliás, ele merece um post único, farei isso.
Aniversário 2: Obrigada, Felipe e Josi, amigos queridos, pela homenagem. Mais um ano juntos (ainda que separados)... Gente, o blog deles é demais, coisa de quem entende MESMO de comida, não tá só de brincadeira, como eu (http://pastificio.blogspot.com/). E aqui vão lindas palavras frase do Leminski, orgulho curitibano, para celebrar nossa amizade:
Meus amigos quando me dão a mãoSempre deixam outra coisa
Presença
Olhar
Lembrança
Calor
Meus amigos quando me dão a mão
Deixam na minha a sua mão
7.10.09
Anastácia em Coimbra!

14.1.08
2.1.08
Feliz Ano Novo!

Anastácia deseja sinceramente que, em 2008, não falte comida na mesa dos brasileiros, sem demagogia! E aos que podem escolher o que botar no prato, recomenda: experimentem, provem, arrisquem! Na minha lista de intragáveis nacionais (da qual até o jiló já fez parte, iguaria que hoje aprecio como poucas) só constam agora a dobradinha e a buchada de bode, mas este ano estou disposta a reverter o quadro! E tome sal de fruta para qualquer eventualidade...
Gostaria de uma mesa imensa para comemorar 2008 com os que foram amigos, leitores, parceiros, incentivadores, colaboradores, apoiadores e tudo mais deste Anastácia na feira, que completará um ano em 14 de janeiro e só tem me dado alegrias. Como será impossível oferecer uma caipirinha a cada um dos que eu gostaria, escrevo os nomes de alguns aqui embaixo, como forma de homenageá-los. Se esqueci de alguém, por favor, mil perdões. A cabeça ainda vive resquícios das comemorações de final de ano...
Felipe Pasqualini, Josi Basso, Bel Garçoni, Ramiro Alves, Juliana Vilas, Eduardo Marini, Chico Silva, Cristiana Vieira, Elvira, Cleusa Coelho, Claudia Carvalho, Juliana Rocha, Mari Filgueiras e Rosinha, Carol Zappa, Carlos Braga, Paloma Cotes, Fernando Morais, Ricardo Linhares, Marina e Chico Caruso, Rodrigo He-Man, Tiça Magalhães, Daniel Kaz, Alexandre Werneck, Leandro Valverdes, Cyro Viegas, as mineiras Fabiana Gonçalves, Josie Jeronimo e Lívia, Dolores Orosco, Reinaldo Morais, Fe Thedim, Rozane Monteiro, Cecília Garçoni, Haroldo e Marinês Rocha, Marcelo Gazzaneo, Alexandre Arruda e Marcelle Justo, Octacílio Freire, Telma Sanchez, Flávio 'Vitcho'e as pequenas Helena e Isadora.
Obrigada, gente boa! E Feliz 2008!
2.8.07
Revival 3 - Da série "Lindas fotos que fiz com minha máquina"
1.8.07
De volta, em grande estilo!


11.7.07
Sobre Cuba e saudades




Farofa de pinhão


2.5.07
Le Louis XV



Na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo (veja o link abaixo), nosso digníssimo DOM, do Alex Atala, subiu 12 posições do ano passado (está em 38) para este e é o único representante brasileiro no escrete. Como observei que o Le Loius XV, de Alain Ducasse, aparece em oitavo lugar, resolvi postar aqui a foto do restaurante, que tirei quando estive em Mônaco, em 2005, só a título de curiosidade. Claaaaro que meus pezinhos não pisaram lá dentro, óbvio. Só tem bala para isso quem frequenta aquele cassino ao lado (na última foto) . Ah, a segunda foto é a vista de Mônaco, da estrada. Lindinha, mas para poucos.
http://www.theworlds50best.com/2007_list.html
25.4.07
Sudbrack - Parte III


Ingredientes:
200 g de massa orecchiette ("massa boa para molhos cremosos porque absorve tudo")
1 e 1/2 xícaras de creme de leite fresco
1/2 xícara de ricota fresca
2 xícaras de rúcula rasgada
50 g de parmeggiano reggiano
1 limão amarelo
pimenta do reino mída na hora
sal
Modo de preparo:
Cozinhe a massa até ficar al dente, resfrie, reserve. Bata a ricota com o creme de leite fresco no multiprocessador até fica bem lisa ("se ficar muito espessa, ponha mais leite, nunca mais creme"). Tempere com sal, pimenta, gotinhas e raspinhas de limão ("na verdade, mais que gotinhas, é para o limão dar gosto") e parmiggiano. Distribua a massa em recipientes refratários, acrescente um pouco de rúcula e cubra com o creme. Polvilhe com mais parmiggiano e asse no forno pré-aquecido até ficar dourado ("leva cerca de 15 minutos"). Você pode fazer a massa antes, parar o cozimento no meio e montá-la na hora.
A marra na cozinha

A foto é uma homenagem ao Raoni, que bem lembrou no post do Los Hermanos: com o fim da banda e da carreira do Romário, caem os últimos marrentos cariocas! Porque em matéria de auto-confiança, arrogância e outras ânsias, está difícil alguém bater os caras... Aliás, ânsia não combina com cozinha, mas o resto sim, e muito. Se a comida não confiar em você - e isso depende da sua capacidade de mostrar para aqueles alimentos na sua frente que você vai saber prepará-los -, tudo sai errado. É tipo "Esta Copa é do Romário", "Vou fazer três gols neste jogo". É por isso que Romário é dez. E o milésimo gol vai virar um poster neste blog.
24.4.07
Sudbrack - Parte II

Adiós
Sudbrack - Parte I


Ontem, dia de São Jorge, saí de casa invocando o santo guerreiro. Queria coragem para enfrentar um desafio: entrar no restaurante de Roberta Sudbrack para fazer o Teacher and Dinner, que ela promove uma ves por mês, com minhas facas mambembes. O email dizia "traga suas próprias facas", e eu pensei "catzo, ferrou-se, que vergonha". Achei melhor providenciar facas decentes, mas o final de semana foi enrolado e, claro, como descrente que sou, esqueci que São Jorge tinha um feriado no Rio de Janeiro, segunda-feira, exatamente quando pensei em sair atrás de facas novas. Mas na hora do desespero, foi com o próprio santo que eu me apeguei. Enfim. Horas depois, aprendi que isso é tudo bobagem. Afinal, o importante é afiar a faca. Coisa que eu fiz pouco antes de sair. E foi por isso que ela não só não deu vexame como foi muito útil.
A foto aí em cima é da primeira entrada que fizemos, uma polenta com espinafre e tomatinhos italianos assados. Sensacional. Faça a polenta bem molinha, com manteiga e bastante parmesão. Asse os tomatinhos com sal e azeite e dê uma rápida refogada no espinafre, só as folhas pequenas. No pote individual, coloque tomate e espinafre e despeje a polenta por cima. Mais parmesão, forno bem quente e pronto. O segredo aí está no preparo da polenta, e Sudbrack deu várias dicas. Como eu quero manter em alta a audiência deste blog, vou contar só depois... Só vai saber quem voltar. Hahahaha. Espere pelo carpaccio, costelinha de cordeiro, tartellette de pêra e otras cositas más.