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8.4.13

Lançamos!






As fotos são do lançamento do Guia Gastronômico das Favelas do Rio, no último sábado, 6 de abril de 2013. Obrigada a todos os parceiros, amigos, chefs dos morros... Muitas comidinhas gostosas fizeram a festa dos convivas - devo destacar o pudim do Jorge Ribeiro, dono do Doce Lar, no Complexo do Alemão, e o estrogonofe da querida Ana Márcia, da Barraca das Baianas, na Rocinha. 

Como eu disse numa entrevista recente, “O Guia Gastronômico de Favelas do Rio é um livro importante para a memória do Rio. Mais do que um guia, ele é um documento histórico que registra esse momento em que o Rio é outro Rio, em que podemos entrar nas comunidades e conhecer novos lugares, novas pessoas. Além de ser um trabalho etnográfico, é um livro para aproximar pessoas”. 

viva todos os que fazem a alegria dos comensais nas comunidades cariocas! Sérgio Bloch, o inventor disso tudo, sabe mesmo das coisas. 

27.3.12


Dei uma entrevista ao site Les Brasileiros, escrito por uma jornalista francesa que mora no Brasil, a Laurence. O site é bem interessante, fala sobre o Brasil e os brasileiros de maneira diferente, com matérias que explicam, por exemplo, o que é o "chá de panela", "a história do açaí", "o mercado de motéis no Brasil"...  Curioso. A moça entrou em contato comigo porque tinha leu meu livro e adorou. Convidei-a para vir aqui em casa, tomamos café, provamos uma torta de banana que fiz com uma receita do livro Dona Benta e caímos na conversa. Teretetê, teretetê, tricô, tricô, foi uma delícia. Depois, Laurence transformou tudo em um ping-pong resumido e publicou aqui. Mas ainda melhor que conversar sobre comida de rua e tal, coisas sobre as quais adoro falar, foi saber da própria Laurence suas impressões gastronômicas e culinárias do Brasil. Ouvi coisas como "nunca vi um país onde as pessoas comem tanto", "aqui tem lugar para comer qualquer coisa, a qualquer hora, em qualquer rua...", "vocês brasileiros não têm hora para comer. Na França ninguém passa o dia beliscando", "os pratos são muito grandes, as porções para dois geralmente servem quatro pessoas". E a parte chata: "Aqui é absurdamente caro, e às vezes muito mais do que em Paris". É, pessoal, do jeito que a coisa vai, vamos acabar gordos e pobres. Ou não... (em homenagem ao querido Chico Anysio).

28.9.11

Arroz de alho da Alcione


Passei algumas horas com Alcione, na casa dela, e foi indescritível. Só lamento não ter provado da sua comida... A fama de cozinheira de mão cheia desta maranhense carismática como poucos corre o mundo -- até Gilberto Gil elogiou. Diz Alcione que gosta mesmo é dos pratos típicos de sua terra natal. Conversamos um pouco sobre isso, ao final da entrevista que fiz. E aproveitei - não sou boba nem nada - para pedir uma receita. Mas vou descartar o formato tradicional "ingredientes-modo de preparo" aqui, vale mais a pena ler as palavras da própria Alcione. Fala, Marrom!

Eu - Me dá uma receita, Marrom...

Marrom - Claro, receita de quê? Tem uma farofa de Neston que eu faço muito boa...
Eu - Farofa de Neston, não. Você já falou dela na televisão, eu vi no youtube.
Marrom - Ah, então tá, vou te dar uma receita de arroz de alho, gosta de alho?
Eu - Adoro!
Marrom - É para quando você chegar cansada do trabalho e quiser comer alguma coisa rápida. Aí tem aquele arrozinho guardado... Você pega uma panela ou frigideira, bota manteiga, umas três cabeças de alho picadas e estala dois ovos ali dentro. Quando está para ficar bom, você joga o arroz ali dentro, mexe rápido e apaga o fogo. E come. Não tem coisa melhor! Come e corre para o abraço! A gente pede perdão para Deus. Quando o ovo estiver ficando no ponto que você gosta de comer, joga o arroz. Não pode deixar muito mole. Vem com o gosto do alho, da manteiga e do ovo. Só com aquilo você janta. 
Eu - Sensacional... E o que você mais gosta de comer? Aquele prato que só de pensar já dá água na boca? 
Marrom - A coisa que mais gosto de comer é cuxá com arroz branco, ou arroz de cuxá. E torta de caranguejo, que é o melhor prato do mundo! Minha especialidade é torta de caranguejo, ninguém faz melhor do que eu nessa família. Eu sou imbatível. Agora, minha irmã faz uma torta de camarão seco e um bolo de aipim que ninguém faz melhor. Aquele bolo molhadinho, sabe? Hummm...  



20.3.10

Brigadeiros de saudades

Os brigadeiros são para você, minha doçura, minha irmã querida, para lembrar os incontáveis que já dividimos metendo nossas colheres na mesma panela.
Bel, a sua camiseta diz 'LOVE'.
Eu também.

1.11.09

Meus bolos de aniversário




Uma tarta de Santiago de Compostela e uma sobremesa com o nome singelo de bolo de bolacha. As duas no Porto, as duas em companhia da amiga Mari Filgueiras - nos encontramos mais uma vez, agora na terra dos "tripeiros" (são chamados assim porque são comedores de Tripas à Moda do Porto, olha que gracinha). Mari saiu de Santiago, onde faz o mestrado, para me encontrar. Levava a tarta Santiagüina debaixo do braço. Aliás, ela só podia ser amêndoas - Santiago é na Galícia, no Norte da Espanha, bem próxima ao Norte de Portugal. Um dia foram a mesma região, sofreram a dominação dos romanos, dos visigodos, dos árabes. Por fim, foram reconquistados pelos cristãos. Têm um passado em comum e, claro, cultura parecida. Por isso, não surpreende que a minha tarta de aniversário seja como os doces dos conventos portugueses - amêndoas, açúcar, farinha, ovos. Já o bolo de bolacha foi uma espécie de revival. Estive no restaurante Ora Viva há quatro anos, e nunca mais esqueci o sabor deste doce. Voltei, finalmente, e estava lá ela, gostosa como da última vez. Não me lembrava extamente as razões de ter gostado tanto. Continuo não sabendo exatamente, porque o bolo leva café, do qual não sou muito fã em doces. Vai ver é destas coisas que a gente não explica. Um parênteses um tanto quanto brega e óbvio, mas necessário: o lugar, a companhia, o estado de espírito, tudo ajuda a tornar um prato ótimo, ruim, mais ou menos. Dei sorte nas duas vezes em que estive no Ora Viva - aliás, ele merece um post único, farei isso.

Aniversário 2: Obrigada, Felipe e Josi, amigos queridos, pela homenagem. Mais um ano juntos (ainda que separados)... Gente, o blog deles é demais, coisa de quem entende MESMO de comida, não tá só de brincadeira, como eu (http://pastificio.blogspot.com/). E aqui vão lindas palavras frase do Leminski, orgulho curitibano, para celebrar nossa amizade:

Meus amigos quando me dão a mão
Sempre deixam outra coisa
Presença
Olhar
Lembrança
Calor
Meus amigos quando me dão a mão
Deixam na minha a sua mão

7.10.09

Anastácia em Coimbra!

Anastácia finalmente se sente em casa em Coimbra! Hoje, ao dobrar uma esquina, dei de cara com uma vendedora de mudas e flores, e lá estava esta plantinha linda: Anastasia Green. Ainda sem as flores - me parece que se trata de um crisântemo -, o que pode significar que o melhor ainda está por vir. Chegamos, Anastácia e eu, há pouco mais de uma semana na terra de Pedro e Inês, para o mestrado em Alimentação: Fontes, Cutura e Sociedade na Universidade de Coimbra. Vai ser "fixe" (=legal), estamos certas. Portanto, vida longa a Anastácia Lusitana!

2.1.08

Feliz Ano Novo!

Uma caipirinha para bindar o Ano Novo!
Anastácia deseja sinceramente que, em 2008, não falte comida na mesa dos brasileiros, sem demagogia! E aos que podem escolher o que botar no prato, recomenda: experimentem, provem, arrisquem! Na minha lista de intragáveis nacionais (da qual até o jiló já fez parte, iguaria que hoje aprecio como poucas) só constam agora a dobradinha e a buchada de bode, mas este ano estou disposta a reverter o quadro! E tome sal de fruta para qualquer eventualidade...

Gostaria de uma mesa imensa para comemorar 2008 com os que foram amigos, leitores, parceiros, incentivadores, colaboradores, apoiadores e tudo mais deste Anastácia na feira, que completará um ano em 14 de janeiro e só tem me dado alegrias. Como será impossível oferecer uma caipirinha a cada um dos que eu gostaria, escrevo os nomes de alguns aqui embaixo, como forma de homenageá-los. Se esqueci de alguém, por favor, mil perdões. A cabeça ainda vive resquícios das comemorações de final de ano...

Felipe Pasqualini, Josi Basso, Bel Garçoni, Ramiro Alves, Juliana Vilas, Eduardo Marini, Chico Silva, Cristiana Vieira, Elvira, Cleusa Coelho, Claudia Carvalho, Juliana Rocha, Mari Filgueiras e Rosinha, Carol Zappa, Carlos Braga, Paloma Cotes, Fernando Morais, Ricardo Linhares, Marina e Chico Caruso, Rodrigo He-Man, Tiça Magalhães, Daniel Kaz, Alexandre Werneck, Leandro Valverdes, Cyro Viegas, as mineiras Fabiana Gonçalves, Josie Jeronimo e Lívia, Dolores Orosco, Reinaldo Morais, Fe Thedim, Rozane Monteiro, Cecília Garçoni, Haroldo e Marinês Rocha, Marcelo Gazzaneo, Alexandre Arruda e Marcelle Justo, Octacílio Freire, Telma Sanchez, Flávio 'Vitcho'e as pequenas Helena e Isadora.

Obrigada, gente boa! E Feliz 2008!

1.8.07

De volta, em grande estilo!


Mil perdões por estes quase quinze dias de ausência. Viajei a trabalho, passei um frio danado em Santa Catarina e São Paulo, mas estou de volta ao inverno agradável do Rio, graças! Feliz, mas com uma notícia triste: perdi minha máquina fotográfica, que me deu tantas alegrias desde 2004... Para homenageá-la, posto aqui a foto de um Maracanã lotado, uma das últimas que fiz com minha pequena grande Sony, durante a abertura dos Jogos Pan-americanos Rio 2007. É uma festa para dar tchaaaaaaaau à minha pretinha, hahahahahahahaha! Enquanto não encontro outra para substituí-la nas minhas aventuras culinárias por aí (ah, sim, eu trazia no cartão muitas novidades provadas no Sul, como um marreco recheado delicioso. Mas fica para a próxima), trato de buscar nos meus arquivos comidinhas que ainda não tinha postado aqui, livros que estou lendo, receitas... A vida segue.

11.7.07

Sobre Cuba e saudades



Ai, ai, ai. Ando com saudades de Cuba ultimamente. Se eu tivesse dinheiro, já tinha me mandado para lá ontem. Acho que a saudade apareceu porque "reencontrei" uma grande amiga, a Paloma (primeira foto, em Varadero), que foi comigo para lá, em 1999 (É isso, Panfets? Ou seria 2000?). Acompanhamos, meio a trabalho, meio a passeio, uma imensa delegação petista - que incluía o Lula e até meu ídolo Sócrates, líder da Democracia Corinthiana, mas isso é outra história... Enfim, Cuba. Havana, um tesão. Che e Fidel por todos os cantos, uma delícia. Varadero (o mar azul inacreditável, na segunda foto), linda e romântica. E, não riam (!), mas a única conexão que encontrei de Cuba com comida, que me serveria de pretexto para falar dela aqui, foi a foto do Daiquiri que tomei no Floridita, o restaurante preferido do Hemingway. Lembro que um drink destes custou uma fortuna para mim, então uma jornalista em início de carreira (para não dizer foca, né?). Queria mesmo botar aqui uma foto da cerveza Cristal, mas não sei onde foi parar, e outra da Bodeguita del Medio e seu mojito, mas estão todas muito ruins (naquele tempo eu não tinha máquina digital, não dava para consertar foto ruim). Para fechar, uma velha música da qual nem me lembrava mais, mas Fernando Morais - cujo maravilhoso livro "A Ilha" foi um dos primeiros que li quando comecei a entender alguma coisa da vida (e me acompanhou na viagem, obviamente) - me lembrou dela hoje à tarde. Olha, que coisa mais cheia de graça:

Cuba, que linda es Cuba
Oye, tu que dices que tu patria no es tan linda,
Oye, tu que dices que lo tuyo no es tan bueno,
Yo te invito a que busques por el mundo,
Otro cielo tan azul como tu cielo,
Una luna tan brillante como aquella
Que se filtra en la dulzura de la caña,
Un Fidel que vibra en la montaña,
Un rubí, cinco franjas y una estrella
Cuba, que linda es Cuba,
Quien la defiende la quiere más
Cuando estoy lejos, pienso en la playa,
En Varadero y Tarará
Cuando estoy lejos sé que me cuidas
Mi Virgencita, mi caridad

Farofa de pinhão


Eu adoro pinhão. Amo. Em Curitiba, nos tempos de adolescente, eu devorava pinhões e mais pinhões nesta época do ano. FEsta junina não era festa junina sem pinhão e quentão (que lá em Curitiba é vinho quente com especiarias como canela e gengibre. Aqui no Sudeste o povo chama de "quentão" uma cachaça adoçada com mel, e quente, sem a menor graça). Sabe que o Sul é a terra do pinhão, né? Pois como ando com desejo quase incontrolável de comer pinhão, resolvi homenagear esta iguaria tão pouco disponível no Rio (a gente até encontra, mas a qualidade não é lá estas coisas). Quem sabe aplaco minhas saudades... Retirei um trecho sobre pinhão de um livro que minha mãe me deu há algum tempo: "Culinária Paranaense", de Eduardo Sganzerla e Jan Strasburger (Editora Esplendor):

"Pinhão, generoso fruto da árvore-símbolo do Paraná
Um dos alimentos essenciais dos índiose dos primeiros povoadores do Paraná e do Sul do Brasil, o pinhão, fruto da árvore-símbolo do Paraná, o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), deu base para muitos pratos típicos da cozinha da região mais fria do País, onde esta extraordinária árvore da família das araucariáceas foi rainha.

O Paraná era a terra mais fértil para o pinheiro. A cozinheira de mão cheia Jaçanã Fagundes Coelho de Souza Groff, ou Jaça, como todos a conhecem, da tradicional família Fagundes, de Campos Novos, Oeste de Santa Catarina, onde o pinheiro também sempre foi fértil, mantém viva a alma e as comidas da terra. Eis aqui a receita de Jaça, que rememora os primeiros passos da cozinha sulista.

Farofa de Pinhão
Ingredientes (para 6 pessoas)
5 kg de pinhão
2 kg de carne de pernil de porco
1 kg de toucinho branco (torresmo)
sal

Preparo
Cozinhe o pinhão até que comece a abrir (cerca de 1 hora e meia). Tire a pele eventual que restar do pinhão (para não amargar). Passe no processador ou liquidificador, para moê-lo, de forma que fique mais ou menos granulado. Leve o toucinho cortado em cubos ao forno, em uma panela, para virar torresmo. Reserve o torresmo. Nesta mesma panela com parte da gordura, adicione a carne de pernil em cubos e tempere somente com sal. Frite (na chama do gás) até que a carne esteja bem tostada. Devolva o torresmo à panela e junte, aos poucos, a "farofa" de pinhão, mexendo constantemente. Acrescente mai um pouco da gordura extraída do toucinho (para não secar), até finalizar. Acompanhamentos: leitão assado, arroz e salada."

2.5.07

Le Louis XV




Na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo (veja o link abaixo), nosso digníssimo DOM, do Alex Atala, subiu 12 posições do ano passado (está em 38) para este e é o único representante brasileiro no escrete. Como observei que o Le Loius XV, de Alain Ducasse, aparece em oitavo lugar, resolvi postar aqui a foto do restaurante, que tirei quando estive em Mônaco, em 2005, só a título de curiosidade. Claaaaro que meus pezinhos não pisaram lá dentro, óbvio. Só tem bala para isso quem frequenta aquele cassino ao lado (na última foto) . Ah, a segunda foto é a vista de Mônaco, da estrada. Lindinha, mas para poucos.
http://www.theworlds50best.com/2007_list.html

25.4.07

Sudbrack - Parte III



Sformata de orecchietti com rúcula! Desta vez, transcrevo a receita direitinho, by Roberta Sudbrack. Entre aspas e parênteses, as dicas da própria chef. Aqui, a simplicidade é o segredo. Vamos lá:

Ingredientes:
200 g de massa orecchiette ("massa boa para molhos cremosos porque absorve tudo")
1 e 1/2 xícaras de creme de leite fresco
1/2 xícara de ricota fresca
2 xícaras de rúcula rasgada
50 g de parmeggiano reggiano
1 limão amarelo
pimenta do reino mída na hora
sal

Modo de preparo:

Cozinhe a massa até ficar al dente, resfrie, reserve. Bata a ricota com o creme de leite fresco no multiprocessador até fica bem lisa ("se ficar muito espessa, ponha mais leite, nunca mais creme"). Tempere com sal, pimenta, gotinhas e raspinhas de limão ("na verdade, mais que gotinhas, é para o limão dar gosto") e parmiggiano. Distribua a massa em recipientes refratários, acrescente um pouco de rúcula e cubra com o creme. Polvilhe com mais parmiggiano e asse no forno pré-aquecido até ficar dourado ("leva cerca de 15 minutos"). Você pode fazer a massa antes, parar o cozimento no meio e montá-la na hora.

A marra na cozinha


A foto é uma homenagem ao Raoni, que bem lembrou no post do Los Hermanos: com o fim da banda e da carreira do Romário, caem os últimos marrentos cariocas! Porque em matéria de auto-confiança, arrogância e outras ânsias, está difícil alguém bater os caras... Aliás, ânsia não combina com cozinha, mas o resto sim, e muito. Se a comida não confiar em você - e isso depende da sua capacidade de mostrar para aqueles alimentos na sua frente que você vai saber prepará-los -, tudo sai errado. É tipo "Esta Copa é do Romário", "Vou fazer três gols neste jogo". É por isso que Romário é dez. E o milésimo gol vai virar um poster neste blog.

24.4.07

Sudbrack - Parte II

Carpaccio de Verona! A segunda entrada do menu italiano que a chef ensinou. E deste posso falar com mais propriedade, porque foi minha faca mambembe, a própria, que cortou os filés finíssimos que você vê aí - já meio bagunçados, é verdade, porque me atraquei e só depois lembrei da foto. Roberta Sudbrack mostrou que não é preciso congelar a carne, isso é bobagem: "Imagine o que não se perde nesta de congelar, descongelar, congelar, descongelar?" Nosso time - sim, ela divide a turma de 15 pessoas em grupos e cada um prepara uma receita - cortou a peça de filé em finíssimas lâminas, marinou todos em recipientes com azeite, sal e pimenta do reino e deixou o carpaccio na geladeira por meia hora. Depois, dipusemos as fatias nos pratos, agora com gotinhas de limão siciliano, parmesão e pinólis ainda quentinhos - e eles têm que chegar ainda quentinhos à mesa, "porque o contraste da carne gelada com os pinólis quentes é delicioso", explicou a chef. Ah, sim, ao final, folhinhas de basilico. Mamma mia! Aplausos para o carpaccio!

Adiós


Um minuto de silêncio pelo fim (sem data prevista para a ressurreição) do Los Hermanos, uma das melhores bandas nacionais dos últimos tempos. Snif.

Sudbrack - Parte I



Ontem, dia de São Jorge, saí de casa invocando o santo guerreiro. Queria coragem para enfrentar um desafio: entrar no restaurante de Roberta Sudbrack para fazer o Teacher and Dinner, que ela promove uma ves por mês, com minhas facas mambembes. O email dizia "traga suas próprias facas", e eu pensei "catzo, ferrou-se, que vergonha". Achei melhor providenciar facas decentes, mas o final de semana foi enrolado e, claro, como descrente que sou, esqueci que São Jorge tinha um feriado no Rio de Janeiro, segunda-feira, exatamente quando pensei em sair atrás de facas novas. Mas na hora do desespero, foi com o próprio santo que eu me apeguei. Enfim. Horas depois, aprendi que isso é tudo bobagem. Afinal, o importante é afiar a faca. Coisa que eu fiz pouco antes de sair. E foi por isso que ela não só não deu vexame como foi muito útil.

A foto aí em cima é da primeira entrada que fizemos, uma polenta com espinafre e tomatinhos italianos assados. Sensacional. Faça a polenta bem molinha, com manteiga e bastante parmesão. Asse os tomatinhos com sal e azeite e dê uma rápida refogada no espinafre, só as folhas pequenas. No pote individual, coloque tomate e espinafre e despeje a polenta por cima. Mais parmesão, forno bem quente e pronto. O segredo aí está no preparo da polenta, e Sudbrack deu várias dicas. Como eu quero manter em alta a audiência deste blog, vou contar só depois... Só vai saber quem voltar. Hahahaha. Espere pelo carpaccio, costelinha de cordeiro, tartellette de pêra e otras cositas más.

Entrada


A chef Roberta Sudbrack, the best one, by myself. Depois vou narrar a tarde maravilhosa que tive ontem em sua companhia. Só mais uns minutinhos.