15.4.13
8.4.13
Lançamos!
As fotos são do lançamento do Guia Gastronômico das Favelas do Rio, no último sábado, 6 de abril de 2013. Obrigada a todos os parceiros, amigos, chefs dos morros... Muitas comidinhas gostosas fizeram a festa dos convivas - devo destacar o pudim do Jorge Ribeiro, dono do Doce Lar, no Complexo do Alemão, e o estrogonofe da querida Ana Márcia, da Barraca das Baianas, na Rocinha.
Como eu disse numa entrevista recente, “O Guia Gastronômico de Favelas do Rio é um livro importante para a memória do Rio. Mais do que um guia, ele é um documento histórico que registra esse momento em que o Rio é outro Rio, em que podemos entrar nas comunidades e conhecer novos lugares, novas pessoas. Além de ser um trabalho etnográfico, é um livro para aproximar pessoas”.
E viva todos os que fazem a alegria dos comensais nas comunidades cariocas! Sérgio Bloch, o inventor disso tudo, sabe mesmo das coisas.
3.4.13
"100 anos de botequim"
As imagens são de uma matéria do jornal Destak sobre o livro "100 anos de Botequim - A história de Seu Gomes, o inventor do Bar Urca", que lancei na terça-feira, dia 26 de abril. O livro está à venda apenas no Bar Urca.
2.4.13
Guia Gastronômico das Favelas do Rio
Depois de meses de pesquisa, trabalho e espera, finalmente, é chegada a hora!
Vamos lançar o Guia Gastronômico de Favelas do Rio, com edição de Sérgio Bloch, textos meus e fotos sensacionais de Marcos Pinto, na Livraria Cultura, no Centro do Rio de Janeiro.
E atenção para as legendas destas belezuras aí de cima: o medalhão do Bar Lacubaco, no Vidigal; Tino e Leandro, pai e filho, donos do Bar do Tino, no Morro do Prazeres (a vista é 'feia'...); a vista que se tem da Laje do César, no Chapéu Mangueira (só abre para eventos); a comida maravilhosa - baião de dois, costela de boi, salada e farofa do Restaurante 48; o frango no bafo do Bar do Tino; Augusto, do 48, com o chef Olivier Cozan, com quem ele trabalhou; a capa do livro, que tem design assinado pelas meninas da Traço Design; e o Big Favella, do Complexo do Alemão - pertinho da estação Itararé do Teleférico.
Façam boa viagem pelas favelas cariocas. Bom apetite!
27.3.13
"Bares da Cidade"
Acabei de ouvir na vitrola - sim, vitrola mesmo - a canção "Bares da Cidade" e achei que este blog deveria tê-la registrada: "Do Lamas ao Capela, e da Mem de Sá, passo no Bar Luiz e no Amarelinho é que eu vou terminar"... Está no disco "Vida Boêmia" (1978), de João, que comprei por cinco reais na feira de antiguidades da Praça XV. A voz de João e a poesia de Paulo César Pinheiro, juntas, cantando alguns dos bares mais tradicionais do Rio que, para a nossa sorte, ainda estão de pé.
Bares da Cidade, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro
Anoiteceu
Outra vez vou sair
Andar por andar sem nada a esperar
Sem ter pra onde ir
Vou caminhar por aí a cantar
Tentando acalmar as tristezas por onde eu passar
Outra vez vou sair
Andar por andar sem nada a esperar
Sem ter pra onde ir
Vou caminhar por aí a cantar
Tentando acalmar as tristezas por onde eu passar
A minha vida boêmia de bar em bar
É o meu amor sem paz
Por um amor vulgar
Que me abandonou
Chorando os meus ais
Me deixando também por maldade
Saudades demais
E eu vou levando minha alma aflita
À noite a cidade é tão bonita
Do Lamas ao Capela, e da Mem de Sá
Passo no Bar Luiz
E no Amarelinho é que eu vou terminar
É o meu amor sem paz
Por um amor vulgar
Que me abandonou
Chorando os meus ais
Me deixando também por maldade
Saudades demais
E eu vou levando minha alma aflita
À noite a cidade é tão bonita
Do Lamas ao Capela, e da Mem de Sá
Passo no Bar Luiz
E no Amarelinho é que eu vou terminar
21.3.13
O pastel de choclo chileno
Dei uma entrevistinha rápida e leve sobre gastronomia e otras cositas para o site curitibano Reve de Mode (obrigada, Jaqueline!) outro dia. Falei sobre o pastel de choclo, comida típica chilena que provei em Santiago e que se tornou minha mais nova preferência gastronômica - até que outra venha no lugar, claro. O pastel de choclo não é um pastel, e sim uma espécie de mingau a base de milho e carnes em pedaços (vaca, frango e porco). Trata-se de uma receita exemplar da mistura de influências dos índios e espanhóis na culinária do país. Os primeiros usavam largamente o maiz (milho) na sua alimentação, enquanto os colonizadores trouxeram o hábito do consumo de carnes variadas - no Chile, o refogado de carne com cebola, aji (pimentas) e cominho se chama 'pino'. O resultado da cominação destes ingredientes e saberes é o pastel de choclo, este mingau perfumado, adocicado e levemente picante, recheado de carnes macias. Escrevo com água na boca.
14.3.13
Restaurante Paris: comer bem e com charme
A nota que publiquei em Marie Claire sobre o restaurante da Casa Julieta de Serpa, no Rio. Recomendadíssimo!
Mercado Central de Santiago
Vá ao Mercado Central de Santiago e, sim, sente numa das mesas do para lá de turístico Donde Augusto. Não faça como eu, não se irrite com o garçom que age como se você, turista, fosse um estúpido. Mas faça como eu, não coma a caríssima centolla inteira - a não ser que você esteja numa excursão familiar com meia dúzia de gente. Prefira uma porção menor do animal típico da Patagônia, em pedaços, passado na manteiga e a preços muito mais baratos. Se você gosta de caranguejos e frutos do mar similares, vi gostar. Ah, não esqueça do vinho - chileno, obviamente. E faça como todos os turistas: fotografe as centollas nas vitrines e as ricas barracas do mercado, com seus coloridos e apetitosos ingredientes.
O Mercado está abrigado numa belíssima estrutura de ferro (como a maioria dos mercados centrais ao redor do mundo, aliás, de fins do século 19 e início do 20) e foi inaugurado em 1872. É uma das principais e mais interessantes atrações de Santiago, imperdível. Divirta-se.
1.8.12
Ingredientes do Peru II - Mercado de Cuzco
Vamos começar pelo clichê: o mercado de Cuzco é um mundo de sabores e cores, a gente não sabe para que lado olha. O olfato também não deixa de trabalhar, aliás. Há sujeira e pobreza, mas há também fartura, riqueza cultural, ingredientes locais. Aliás, o que mais me impressionou no mercado de Cuzco é que a maioria dos produtos vendidos ali são produzidos no país, na região e, quando processados, são artesanais, caso do pão e do queijo. Em todo o Peru é possível constatar, seja nos restaurantes mais chiques ou nas biroscas mais populares, que a comida servida é impregnada de latinidade, de peruanismo, de tudo o que se vê percorrendo o país pelo interior. O que vi - e compartilhei - as cholas comendo sentadas numa praça de uma pequena vila entre Cuzco e Puno nada mais era do que os mesmos ingredientes que comia nos restaurantes estrelados à noite, porém, preparados de forma tradicional, à moda antiga. Milhos, batatas, pimientos são a base desta culinária - veja a extensão da barraca de batatas no mercado, e a variedade de papas que ela oferece; assim também acontece com os milhos, que são vendidos em várias cores e tamanhos, frescos, secos, choclos. A rã boiando na bacia estava à venda para ser batida no liquidificador ainda viva, ali mesmo, e esta "vitamina de rã", digamos, era oferecida aos fregueses a preços baratinhos. Serve para garantir virilidade, por supuesto. Já estes pães enormes são preparados com farinha de milho por mulheres que vivem próximo a Cuzco, e a procura por eles é grande. Garantimos o nosso, gostei, é comida para um batalhão. Continua...
Ingredientes do Peru I
Um pouco do Peru, em imagens sacadas no mercado de Cuzco. De cima para baixo: primeiro, um milho negro, uma das centenas de espécies deste cereal que os peruanos cultivam. Depois, ao meio, um queijo amarelo curado e, o que me pareceu mais impressionante, por último, papas blancas. São batatas expostas à água gelada dos rios e lagos durante um ou dois meses, até que se tornam secas, consumíveis em qualquer tempo. Trata-se de uma maneira de driblar a escassez e/ou a deterioração natural do ingrediente. Os tipos de papas, batatas, são centenas no Peru. A riqueza culinária do país é impressionante e vai merecer ainda alguns posts aqui, desta Anastácia.
12.4.12
Costelão do Cadeg
Este Anastácia já tinha falado sobre o Cadeg em outro post, antiiiigo, mas era específico sobre a Festa Portuguesa - assim mesmo, com letras maiúsculas - e suas delicinhas gastronômicas. Posso dizer que sou uma frequentadora do Cadeg, no bairro de Benfica, mas nunca tinha ido ao Costelão - o estabelecimento é novo, foi aberto há pouco mais de um ano. Mas como o assunto tem se espalhado, e ouvi algumas pessoas falando bem da tal costela, resolvemos provar dia desses. Saborosa, tem bom tempero. Farta. No entanto, a farofa não é digna de nota, e muito menos o serviço - desorganizado e lento. O chope é Devassa e nos foi servido quente todas as vezes. Mudamos para a cerveja e, de novo, quente. A julgar por estas observações, não vale a visita. Uma vez no Cadeg, vá ao vizinho do Costelão, o restaurante Barsa. Mais isto é outra história.
11.4.12
Brasserie Rosário
Dia desses fui resolver pendências no Centro do Rio e aproveitei para tomar um café na Brasserie Rosário, e então percebi que nunca tinha falado dela aqui no blog, apesar de já tê-la frequentado algumas vezes. A casa, em pleno Rio Antigo, produz pães e doces de confeitaria deliciosos, tem mesinhas charmosas na rua -- fechada para carros -- e um ambiente de móveis de madeira aconchegante, apesar do pé direito alto. Lá dentro, um restaurante sobre o qual não posso opinar, já que nunca provei dos pratos anunciados na tabuleta de giz. Mas o lugar vale a visita, principalmente, por estar onde está. A Rua do Rosário é uma graça, com seus sobradinhos coloniais reformados e bem cuidados. Além disso, o sobrado no qual está instalada a Brasserie servia como sede da Tesouraria do Império, nos tempos de D. João VI.
Brasserie Rosário
10.4.12
Azeite de manjericão
O primeiro azeite a gente nunca esquece. É a coisa mais simples do mundo: um vidro de azeite extravirgem, pimenta dedo de moça inteira, ramos de manjericão fresco. Pronto. Geladeira. Quinze dias depois, provei um azeite delicioso, levemente apimentado e com sabor de manjericão. Comentei sobre minha aventura com o chef Gennaro Cannone, do Alessandro&Frederico, e ele aprovou, disse que o caminho é este mesmo. Dica: eu não furei, amassei ou cortei as pimentas, coloquei-as inteiras, para que não ficasse muito forte. E não é preciso ferver nem colocar sal. É só isso mesmo. Pode levar fé.
Do Horto: você vai me agradecer
Ele se chama bar Do Horto, fica no bairro de mesmo nome e tem o melhor - e talvez único? - pastel de bobó de camarão da cidade. O creminho gostoso de aipim, a massa sequinha e a generosa porção de camarão que compõem esta belezura são sua receita de sucesso - total e garantido. Antes, funcionava no mesmo sobrado de esquina da Pacheco Leão um barzinho de outro nome, o Da Graça. O nome mudou, mas o lugar continua agradável - fica em frente ao Jardim Botânico, numa rua arborizada e de pouco de movimento - e as comidinhas melhoraram. Provamos também a porção de linguiça de cordeiro com geléia de menta, que estava saborosa, mas não melhor que os pastéis. Sente ali na calçada, peça uma caipirinha ou uma cerveja Therezópolis - ou quem sabe as duas ao mesmo tempo, como eu fiz - e jogue conversa fora. Depois aproveite para dar uma volta pelo bairro, que é um charme só. E fique relax. Você vai me agradecer.
Do Horto
Rua Pacheco Leão, 780
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