15.5.08

Seu Gomes: desde 1935 dando de comer e beber a boêmios do Rio de Janeiro







A festa de 92 anos de Seu Gomes (que apaga as velas na foto lá em cima) foi tão sensacional quanto seu próprio balcão, o do Bar e Restaurante Urca, sobre o qual já falei aqui antes (a vista é simplesmente esta que aparece na última foto). Seu Gomes é um espetáculo, exatamente como seu restaurante-boteco também. Por isso, a festa, em pleno meio-dia de terça-feira, foi um sucesso, com direito a caricatura de Chico Caruso, que com seu vozerão também cantou... Caruso ("Te voglio bene assai..."). A música, aliás, não parou: forró, chorinho e até uma especial feita em homenagem ao aniversariante (a letra segue lá embaixo). Sem falar, é claro, no bacalhau com arroz de brócolis, nos bolinhos e pasteizinhos e na casquinha de siri comestível, o novo must do lugar. Mas o que mais interessa neste post não é nada disso, e sim a história deliciosa deste Gomes carioca: está no ramo dos botequins desde 1935 (!), sempre no Rio de Janeiro, e tem alimentado boêmios com petiscos deliciosos (meu preferido é o pastel de camarão) durante todos estes anos. Há 35 deles eferece aos seus frequentadores a vista que você vê na última foto (uma das que Fernanda Thedim, da Veja Rio, fez para mim. Valeu, gata!). Ele não merece um "Viva!"? Pois então, para o Seu Gomes tudo! É pique, é pique, é pique, viu, minha gente? Noventa e dois...
Agora, deixo vocês com as linhas de meu amigo Ivan Accioly, assessor de imprensa do Bar Urca.
Fala, Ivan!

"Até chegar, há 35 anos, ao bairro da Urca, Seu Gomes rodou a cidade. Foi dono do Botafogo Bar Sport Carioca, na Rua São Clemente, de 1936 a1939. De 39 a 1945, foi para o Mercado Municipal da Praça XV. Na sua busca pelas melhores oportunidades foi para a Praça da Bandeira, na Rua Barão de Iguatemi, onde um grande bar e restaurante abrigava sete mesas de sinuca. Manteve esse negócio por 17 anos, até 1962, quando cruzou novamente a cidade e voltou ao bairro do primeiro emprego: Ipanema. Lá comprou um bar na Rua Visconde de Pirajá 550. Em pouco tempo o ponto ficou conhecido como o Botequim do Gomes, famoso pela cerveja super gelada e os pasteizinhos. A explosão imobiliária fez Seu Gomes vender o ponto em 1972. No local foi erguido pelo empreendedor Sérgio Dourado o Shopping 550. Em busca de um lugar tranqüilo e bonito Seu Gomes encontrou na Urca o espaço que procurava.
Agora completa 35 anos no comando do Bar e Restaurante Urca, que gerenciou com sócios sem abandonar o objetivo de, como manda a tradição, botar os descendentes no negócio. Hoje, são três gerações de Armandos no trabalho diário, mas o comando permanece com o primeiro deles. Seu Gomes lidera 17 empregados fixos mais seis temporários, que são incorporados a cada fim de semana. Atento às oportunidades, há dez anos, já com 83, comandou a criação do restaurante na sobreloja do bar e proporcionou aos clientes uma alternativa ao tradicional atendimento com bebidas e petiscos que faz sucesso na mureta da Urca. Para o novo espaço, optou por um cardápio que tem os peixes como atração e faz a harmonia entre a cozinha brasileira e portuguesa."

5 comentários:

Anônimo disse...

Que coisa mais linda!!!
Acho maravilhoso pessoas que conseguem chegar aos 90 anos e com sa�de e vigor para continuar a viver.
Parab�ns!!!
A mesa de gulosemas ai ai

hehehe
bom final de semana.

Anônimo disse...

O restaurante fica onde?! pode dar o endereço? Quero conhecer. obrigado

Carlos Alberto de Lima disse...

O Rio de Janeiro continua lindo!!!!

Eduardo Marini disse...

Anastácia vai à feira, mas isso está longe de ser tudo. Também pesca pérolas (ou caça trufas)como Seu Gomes. Anastácia 1, Seu Gomes 92. Dois contemporâneos fundamentais, independentemente das horas de vôo das respectivas colheres de pau. Viva um, viva outro, muito vivos ambos.
Eduardo Marini

Eduardo Marini disse...

Anastácia vai à feira, mas isso está longe de ser tudo. Também pesca pérolas (ou caça trufas)como Seu Gomes. Anastácia 1, Seu Gomes 92. Dois contemporâneos fundamentais, independentemente das horas de vôo das respectivas colheres de pau. Viva um, viva outro, muito vivos ambos.
Eduardo Marini