13.2.07

Marchée ouvert





Um frio terrível, sensação térmica de – 1ºC. Na quarta-feira pela manhã, dia de trabalho, parisienses lotam o marchée ouvert de Boulogne. Mas os comerciantes de feira livre aqui não são apenas vendedores de legumes, frutas, verduras, carnes, peixes e outros gêneros alimentícios. A feira é um pedaço da França: estão lá as barracas de pão, queijo, do árabe (com seus couscous e especiarias), de peixes e fruits de la mer, das terrines (nossa senhora, água na boca), dos embutidos, a barraca do português (há muitos imigrantes portugueses por aqui, e alguns escolheram viver vendendo o vinho do Porto e o bacalhau). Está lá a França, seus alimentos e seus personagens. Como Boulogne fica no final de uma linha de metrô, ou seja, longe da Paris turística – e tanto que aqui os moradores costumam dizer “lá em Paris...” – seus franceses são mais simpáticos que os outros. Na feira, só recebi olhares receptivos, por incrível que pareça. Bem diferentes dos balconistas nas vitrines das boulangeries que fotografo em Paris.

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