2.2.07
O sedutor Casanova
Um livro tem me acompanhado na viagem, "A Canja do Imperador", de J. A. Dias Lopes, da Companhia Editora Nacional. Estou a-do-ran-do. Josi e Felipe, que gostam deste tipo de literatura, excelente dica. Sensacional. Trata-se da coletânea dos artigos publicados pelo autor no Estadão e na revista Gula. É pesado para se carregar numa viagem como esta, mas não me arrependo. Nosso bravo Dias Lopes vai contando a história da gastronomia narrando acontecimentos e "causos" super interessantes desde os tempos da Antiguidade aos dias de hoje. Reis, rainhas, santos, plebeus e os mais diversos personagens da história e suas conexões com a culinária. No final de cada texto, uma receita. Hoje li um super legal, sobre o conquistador italiano Casanova. O sujeito era o verdadeiro Don Juan - verdadeiro porque de fato existiu. E "assediava nobres e plebéias, jovens e maduras, louras e morenas, bonitas e feias. Usava a comida e a bebida como pretextos para conquistar as mulheres". Olha só um pequeno trecho muito interessante, sobre os gostos de cada tipo de mulher:
"Receitas do sedutor Casanova"
"Nas suas Memórias, Casanova afirma que as louras tendem a preferir verduras frescas, frutos do mar, peixes na manteiga, aves, comidas adocicadas, cremosas, suaves e queijos não muito picantes. Bebem os vinhos brancos e o champanhe. Já as morenas adoram as hortaliças de perfume intenso, ostras com limão, embutidos apimentados, risotos, carne vermelha, queijos fortes, doces recheados e chocolate. Gostam dos vinhos tintos, como o Bourgogne e o Bordeaux, e do champanhe. Casanova também se referiu às ruivas, de pele muito clara e sensível. Estas, segundo ele, escolhem 'alimentos requintados e leves, mas por outro lado o temperamento as aproxima do fogo'. Tomam vinhos brancos secos, os Côtes du Rhône e os rosados. 'E champanhe, sempre', sublinha. Nada mais justo. Era seu combustível de combate".
Não é o máximo? Giacomo Casanova (1725-1798), filho de um casal de atores, nasceu em Veneza, e amou dezenas de mulheres nos lugares por onde andou. Ai, como eu queria ter conhecido. Embora eu esteja mais para castanha, me encaixo perfeitamente nas preferências das morenas. Sábio este Casanova, muito sábio.
Receita do livro neste capítulo:
Risoto ao Champanhe
(interpretada pelo restauranteur Giancarlo Bolla, de São Paulo)
Ingredientes:
1/2 cebola picada
3 col. de sopa de azeite de oliva
2 talos de aipo picados
300g de arroz italiano, de preferência o Vialone Nano
150ml de champanhe
30g de manteiga em pequenos cubos
1l de caldo de carne
30g de manteiga aquecida
3 col. de sopa de queijo parmesão ralado
queijo parmesão ralado grosseiramente para acompanhar
sal
Preparo:
Numa panela, murche a cebola no óleo ligeiramente quente. Misture o aipo e pulverize um pouco de sal. Junte o arroz e mexa bem. Coloque o champanhe e deixe-o evaporar. Continue o cozimento, adicionando o caldo quente à medida que o arroz for secando. Mexa constantemente. Quando o arroz estiver al dente, apague o fogo, coloque a manteiga em cubos e, em seguida, 3 colheres de parmesão ralado. Misture. Passe o risoto para os pratos e regue com a manteiga aquecida. Sirva imediatamente, acompanhado de queijo parmesão.
Rende 4 porções.
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Um comentário:
Kd a receita do croquete do alemão, pois é tudo de bom. Favor me enviar.
Abrçs
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